quarta-feira, março 30, 2011

Jesus contigo

Dedica uma das sete noites da semana ao culto evangélico no lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.

Prepara a mesa, coloca água pura, abre o evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.

Quando o lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa. Quando as orações se unem nos liames da fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde derrama vinha de paz para todos.

Jesus no lar é vida para o lar.

Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável. Distende, da tua casa cristã, a luz do evangelho para o mundo atormentado.

Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do evangelho, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o Alto.

Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual lâmpada ignorada, acesa na ventania.

Não te afastes da linha direcional do evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com teus filhos e com aqueles a quem amas as diretrizes do Mestre e, quando possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo. Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no Lar para que o divino Hóspede aí também se possa demorar.

E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procurar fazer, a fim de que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez pôr semana em sete noites, Ter Jesus contigo.

Joana de Ângelis

quarta-feira, março 23, 2011

Senhor, ajuda-me a perdoar


Senhor, eu gostaria tanto de poder perdoar. Disponho-me a isso. Oro e tenho a impressão de que lavei meu coração de toda mágoa.

Contudo, basta que eu reveja quem me agrediu, caluniou, traiu e todo o sentimento retorna.

Isso está me fazendo muito mal, Senhor. Sinto um peso dentro de mim, um mal-estar e tenho a impressão de que perdi um tanto da capacidade de amar.

Em função do que padeci, tornei-me desconfiado. Quando um amigo me abraça, não me entrego em totalidade. Fico pensando se ele está sendo sincero.

Se não estará, como outros, demonstrando uma afeição que não lhe habita a alma, somente por conveniência. Pior ainda, fico cogitando quando esse amigo me oferecerá o fruto amargo do abandono.

Isso é muito ruim, Senhor, eu sei. Contudo, tornei-me assim, depois de tantas ingratidões recebidas, em tantos afastamentos constatados, em tantas evasões de pessoas a quem entreguei o meu coração.

Recorro às páginas do Evangelho e as leio, entre a emoção e o desassossego. Pesquiso as vidas dos grandes seguidores da Tua mensagem e me indago:

Por que eles conseguiram perdoar? O que me falta para isso?

Na tela da memória, evoco a imagem do primeiro mártir do Cristianismo, Estêvão, apedrejado por amor à verdade que propagava.

Ainda agonizante, ao lado da irmã, que descobre noiva do seu verdugo, tem palavras de perdão. Não são palavras de quem, por estar morrendo, resolve doar o perdão.

São palavras de quem se mostra agradecido por reencontrar a irmã querida, depois de tantos anos de separação que lhes fora imposta.

São palavras de quem está feliz e poderá morrer tranquilo, não somente por ter sido fiel a Jesus até o fim, mas por saber que sua irmã estará bem amparada por aquele mesmo que a ele tirou a vida.

Cristo os abençoe... Não tenho no teu noivo um inimigo, tenho um irmão...

Saulo deve ser bom e generoso. Defendeu Moisés até ao fim... Quando conhecer a Jesus, servi-lO-á com o mesmo fervor...

Sê para ele a companheira amorosa e fiel...

Perdão incondicional. Ele poderia pensar em que poderia gozar da felicidade de tornar a conviver com a irmã, depois de tantos anos.

Voltar a estarem juntos, como dantes da tragédia que os separara. Mas, não.

Suas palavras não são de reprovação a quem o condenara ao apedrejamento. Nele somente há perdão.

Por tudo isso, Senhor, eu Te peço: Ajuda-me a perdoar. Ensina-me a perdoar. Promove em mim a mudança para melhor.

Não permitas que eu me perca pelas ruelas sombrias da mágoa, da tristeza e do desencanto.

Eu desejo voltar a acreditar nas pessoas, a crer na amizade sincera, na doação sem jaça.

Recordando o Teu exemplo extraordinário na cruz, preocupando-Te com aqueles que Te haviam infligido tanto sofrimento e morte, eu Te peço: Ajuda-me.

Tenho certeza de que, quando o perdão puder ser a tônica dos meus atos, eu voltarei a sorrir, a ter fé, a viver intensamente.

Ajuda-me, pois, Senhor Jesus, a perdoar. Porque, não somente desejo ser feliz, mas igualmente almejo ser, para os que comigo convivem, motivo de contentamento e de alegria.

Redação do Momento Espírita, com frases atribuídas a Estêvão, extraídas do cap. 8, pt. I, do livro Paulo e Estêvão, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.

Em 21.03.2011.